Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção (Oct 2021)

Use of antidepressants and potential drug interactions in cancer patients treated at a hospital in the Southern Brazil

  • Kelly Helena Kuhn,
  • Siomara Regina Hahn,
  • Carla Rigon,
  • Karine Knob Pietrzacka

DOI
https://doi.org/10.17058/reci.v1i1.14587
Journal volume & issue
Vol. 11, no. 1

Abstract

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Justificativa e Objetivos: O câncer é uma doença crônico-degenerativa e seu diagnóstico muitas vezes está associado a sofrimento mental, dúvidas e inseguranças podendo desencadear o aparecimento de sintomas depressivos. Frequentemente, são necessárias medidas farmacológicas para o tratamento destes sintomas. Entretanto, pacientes oncológicos frequentemente utilizam vários medicamentos (polifarmácia) aumentando assim as chances de potencias interações medicamentosas (IM). O objetivo deste estudo foi avaliar o uso de antidepressivos nos pacientes em tratamento oncológico hospitalizados e as potenciais IM presentes nas prescrições destes pacientes. Métodos: Estudo transversal, prospectivo, descritivo e analítico realizado com pacientes oncológicos com idade ≥ 18 anos, internados em um hospital do sul do Brasil, e cientes de seu diagnóstico. As interações medicamentosas, maiores e contraindicadas, foram analisadas usando as bases de dados Micromedex® e Lexicomp®. Resultados: A amostra foi de 50 pacientes, 54% eram do gênero feminino e a média de idade foi 53,6 (±15,3) anos. Utilizavam medicamentos antidepressivos 42% dos pacientes, sendo o escitalopram (Inibidor Seletivo Recaptação Serotonina) o mais prescrito. Apresentaram algum tipo de potencial interação 90% dos pacientes e estas ocorreram com quaisquer medicamento prescrito ao tratamento. Dos pacientes que utilizavam antidepressivos, 62% apresentaram interações contraindicadas e todos apresentaram pelo menos um caso de interação maior. Os medicamentos mais relacionados a interações medicamentosas contraindicadas foram a dipirona e a metoclopramida. Conclusão: Os resultados deste estudo demonstraram um elevado número de IM contraindicadas envolvendo medicamentos antidepressivos. Neste contexto, verifica-se a importância do farmacêutico clínico na monitorização da farmacoterapia destes pacientes.

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