Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento (Aug 2022)
Risco de transtornos alimentares e insatisfação corporal em mulheres universitárias
Abstract
Objetivo: Verificar o risco para desenvolvimento de transtornos alimentares e sua relação com comportamentos de insatisfação corporal e estado nutricional em mulheres acadêmicas de cursos da área da saúde. Materiais e Métodos: A amostra foi composta por 113 universitárias de cursos da área da saúde do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade de Passo Fundo (UPF) no norte do Rio Grande do Sul. Foram avaliadas características socioeconômicas (Critério Brasil - ABEP), comportamentos de checagem corporal (Body Checking Questionnaire - BCQ), evitação da imagem corporal (Body Image Avoidance Questionnaire - BIAQ) e atitudes alimentares inadequadas (Eating Attitudes Test - EAT-26). O estado nutricional foi obtido através de cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) a partir de peso e altura autorreferidos. Resultados: Os comportamentos de checagem e evitação corporal estiveram associados a atitudes alimentares inadequadas, apresentando uma prevalência de 27,75% e 27,36%, respectivamente. Os mesmos comportamentos também estavam relacionados com o excesso de peso encontrado na amostra, obtendo-se uma prevalência de 28,29% para checagem e 27,44% para evitação corporal. Deste modo, foi possível observar um maior risco para desenvolvimento de transtornos alimentares entre as universitárias que apresentaram sobrepeso ou obesidade. Conclusão: Constatou-se que há maior ocorrência de comportamentos de evitação de imagem e checagem corporal em acadêmicas que manifestaram atitudes alimentares de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares, bem como entre aquelas que possuem um estado nutricional classificado como sobrepeso ou obesidade.