Acta Scientiarum: Agronomy (Apr 2008)

<b>Atividade antifúngica e indução de resistência em trigo a <em>Bipolaris sorokiniana</em> por <em>Artemisia camphorata</em></b> - DOI: 10.4025/actasciagron.v25i2.2124

  • Gilmar Franzener,
  • José Renato Stangarlin,
  • Kátia Regina Freitas Schwan-Estrada,
  • Maria Eugênia Silva Cruz

DOI
https://doi.org/10.4025/actasciagron.v25i2.2124
Journal volume & issue
Vol. 25, no. 2

Abstract

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Com o objetivo de se realizar o controle alternativo de Bipolaris sorokiniana em plantas de trigo, extrato aquoso (EA) da planta medicinal Artemisia camphorata (cânfora) foi utilizado em bioensaios para avaliar seus efeitos fungitóxico (através da inibição do crescimento micelial, da esporulação e da germinação de esporos) e indutor de resistência. Utilizou-se EA em concentrações de 1%, 5%, 10%, 15%, 20%, 25% e 50%, autoclavado ou não, com ou sem adição de antioxidante (Na2SO3 - 0,25%). Para indução de resistência, plantas com 30 dias de idade receberam o EA através de aspersão e 24, 48 e 72 horas após os tratamentos, realizou-se a inoculação com uma suspensão de esporos do patógeno (1 x 104 conídios/ml). O extrato aquoso de cânfora a 50% causou a inibição de 39% do crescimento micelial, sendo que a 10% já inibiu completamente a esporulação. O EA não autoclavado inibiu 20% a germinação de esporos enquanto o EA autoclavado não causou inibição, indicando a presença de compostos fungitóxicos termolábeis. A incorporação de antioxidante ao EA favoreceu a inibição da germinação de esporos. O EA promoveu a indução de resistência sistêmica em plantas de trigo, reduzindo o tamanho (em até 29%) e, principalmente, o número de lesões (em até 60%), sendo observada maior inibição em plantas tratadas com o EA de cânfora 72 horas antes da inoculação com o patógeno. Estes resultados indicam o potencial do EA de A. camphorata no controle alternativo da mancha marrom do trigo.

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