Coluna/Columna (Jan 2013)

Canal lombar estreito: sinal da sedimentação

  • Vera Alice Correia Resende,
  • Artur Teixeira,
  • José Bessa da Silva,
  • Artur Costa Neto,
  • Fernando Jorge Ferreira Leal,
  • António Ricardo Frada Gouveia,
  • António Miranda

DOI
https://doi.org/10.1590/S1808-18512013000300003
Journal volume & issue
Vol. 12, no. 3
pp. 192 – 195

Abstract

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OBJETIVO: Verificar a presença do sinal de sedimentação nos pacientes com canal lombar estreito (CLE) comparando-os com os pacientes sem CLE. MÉTODOS: Realizado um estudo retrospectivo, transversal e descritivo. Realizada a revisão dos processos imagiológicos dos pacientes com CLE operados entre 1 de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2009, comparando-os com os dos pacientes sem CLE observados em consulta externa. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo I com 34 pacientes com diagnóstico de CLE. Critérios diagnósticos: existência de lombalgia e/ou claudicação neurogénica e/ou radiculopatia, associados a um diâmetro anteroposterior do canal menor que 10mm e grupo II com 40 pacientes observados em consulta externa por lombalgia sem clínica de CLE. Foi feita a medicação do diâmetro do canal e verificada a presença do sinal de sedimentação entre D12 a S1. RESULTADOS: O sinal da sedimentação foi positivo em 31 dos 34 pacientes do grupo I (91,2%), em dois destes 31 pacientes apenas abaixo da estenose. Este sinal não foi encontrado em nenhum paciente do segundo grupo. Verifica-se uma correlação estatisticamente significativa entre as variáveis "diâmetro do canal" e a "presença do sinal da sedimentação" (p<0.01) no grupo de pacientes com canal lombar estreito. CONCLUSÕES: O diagnóstico de CLE nem sempre é fácil atendendo à frequente dissonância entre os achados clínicos e imagiológicos. O sinal de sedimentação é positivo em pacientes com CLE entre os níveis L1 e L5, podendo ser um sinal válido para complementar o diagnóstico de CLE.

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