Bionorte (Mar 2022)
Humanização na unidade de terapia intensiva neonatal em tempos de Covid-19
Abstract
Objetivo: analisar na literatura estratégias de humanização na unidade de terapia intensiva neonatal durante a pandemia de COVID-19. Materiais e Métodos: trata-se de uma revisão integrativa de literatura. Foram coletadas informações das bases de dados Scielo (Scientific Electronic Library Online) e MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e utilizados os descritores “neonatologia and Covid-19”. Foram selecionados 04 artigos após adequação aos critérios de inclusão sendo ano e período de publicação (2020 a 2021) e artigos na íntegra disponíveis gratuitamente. Já como critério de exclusão, artigos que não se adequavam ao tema proposto. Resultados: foi evidenciado que efeitos sociais/psicológicos vivenciados por famílias, que são submetidas ao processo de hospitalização de um recém-nascido (RN) na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), são de grande impacto, especialmente quando associados ao isolamento social. Nesse contexto, destacam-se as mães, que enfrentam a necessidade de adaptar-se à rotina hospitalar associada ao distanciamento e cuidados rigorosos de higiene. As medidas de isolamento e as novas orientações relativas às rotinas de cuidados trouxeram a necessidade de adaptações acerca da humanização do cuidado por parte dos profissionais de saúde. Programas que necessitam da família como parceira do processo terapêutico dos recém-nascidos, como o Método Canguru, também sofreram adaptações para possibilitar aos pacientes experiências de sensorialidade, fortalecimento das relações afetivas e melhor capacidade de desenvolvimento cognitivo. Considerações Finais: o tratamento multiprofissional ao RN possibilita a estabilidade fisiológica e responde às exigências da prematuridade e das afecções que estes apresentam durante a hospitalização, porém, o cuidado afetivo, psíquico e corporal deve ser encarado como terapêutica essencial nessse processo. Recomenda-se que os profissionais orientem as famílias e encorajem as mães acerca da realização do contato pele a pele e estímulo ao aleitamento materno, desde que não estejam sintomáticas, ou tenham tido contato com pessoa sabidamente infectada pelo coronavírus.