Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (Mar 2019)

Fraturas de esterno em uma unidade de tratamento intensivo especializada em trauma

  • Leonardo Dantas da Silva Pereira,
  • Estevão Bassi,
  • Bruno Martins Tomazini,
  • Vinicius Luiz Menezes Jesus,
  • Paulo Fernando Guimarães Morando Marzocchi Tierno,
  • Fernando Da Costa Ferreira Novo,
  • Luiz Marcelo Malbouisson,
  • Edivaldo Massazo Utiyama

DOI
https://doi.org/10.1590/0100-6991e-20192059
Journal volume & issue
Vol. 46, no. 1

Abstract

Read online

RESUMO Objetivo: avaliar epidemiologia, características anatômicas, manejo e prognóstico de pacientes críticos com fraturas de esterno. Métodos: análise retrospectiva de pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI) de emergências cirúrgicas e trauma de um centro de trauma Tipo III em São Paulo, Brasil. Resultados: foram admitidos 1552 pacientes traumatizados no período de janeiro de 2012 a abril de 2016. Desses, 439 apresentavam trauma torácico e 13 apresentavam fratura de esterno, configurando 0,9% das admissões de trauma e 3% dos traumas torácicos. Desses pacientes, três apresentavam tórax instável e dois foram submetidos à conduta cirúrgica para fixação da fratura. A mortalidade de pacientes com fratura de esterno foi de 29% (três pacientes). Em um dos óbitos pôde-se atribuir a fratura do esterno como contribuinte principal para o desfecho. Conclusão: a fratura de esterno foi diagnosticada em 0,9% dos pacientes críticos vítimas de trauma em UTI especializada. Somente 15% dos pacientes necessitaram de conduta cirúrgica específica na fase aguda e a mortalidade foi decorrente das outras lesões na maior parte dos casos.

Keywords