Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal (Mar 2011)
Coconut husk meal in diets for tambaqui (“Colossoma macropomum”) Farelo de coco em dietas para o tambaqui ("Colossoma macropomum")
Abstract
This study aimed to evaluate growth performance and economic viability of tambaqui fed different levels of coconut husk meal (0;25;50 and 100). Thus, a 60-day feeding trial was performed to evaluate the effect of dietary graded levels of coconut husk meal on growth performance of tambaqui (Colossoma macropomum) and economic viability. One hundred and twenty tambaqui fingerlings with 7.71±0.17g were randomly assigned to 24 150L-aquaria in a completely randomized experimental design with four treatments and six replication. Diets were formulated to contain the same content of protein (26% CP), digestible energy (3200kcal DE/kg diet) and crude fiber (8.51%) differing only on the coconut husk meal replacement levels which were 0% (control diet), 25, 50 and 100%. Although no effect of coconut husk meal inclusion were observed for daily weight gain, daily feed intake, feed conversion ratio, specific growth rate, protein efficiency ratio and fillet yield, a negative and positive linear regression was significant for hepatossomatic and fat visceral indexes, respectively. The use of coconut husk meal in diets for tambaqui did not affect growth performance and carcass quality parameters. However, it is recommended the replacement of soybean meal to coconut husk meal up to 25% based on the economic evaluation of the diets.Avaliou-se com este trabalho o desempenho produtivo e econômico do tambaqui alimentado com rações que continham 0, 25, 50 e 100% de farelo de coco em substituição ao farelo de soja. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos e seis repetições, para avaliar o efeito de dietas com níveis crescentes de farelo de coco sobre o desempenho do tambaqui (Colossoma macropomum), características de carcaça e na viabilidade econômica. Foram utilizados 120 alevinos com peso médio inicial de 7,71±0,17g distribuídos aleatoriamente em 24 aquários de 150L. As dietas formuladas foram isoprotéicas (26% PB), isoenergéticas (3.200kcal ED/kg de ração), e isofíbrilicas (8,51%) com diferença apenas nos níveis de substituição do farelo de soja pelo farelo de coco, que foram 0(controle), 25, 50 e 100%. Não houve diferença significativa entre os tratamentos para o ganho em peso diário, consumo diário de ração, conversão alimentar aparente, taxa de crescimento especifico, taxa de eficiência protéica e rendimento de filé. Diferente dos resultados obtidos para índice hepatossomático e índice de gordura visceral os quais apresentaram regressão linear negativa e positiva, respectivamente. A inclusão de farelo de coco na dieta do tambaqui não interfere no desempenho e na qualidade de carcaça dos animais, com ocorrência de alterações somente no índice hepatossomático e índice de gordura visceral. Entretanto, a substituição de até 25% do farelo de soja por farelo de coco permite a elaboração de dietas mais viáveis economicamente.