História, Ciências, Saúde: Manguinhos (Apr 2015)

Cidade-laboratório: Campinas e a febre amarela na aurora republicana

  • Valter Martins

DOI
https://doi.org/10.1590/S0104-59702015005000008
Journal volume & issue
Vol. 22, no. 2
pp. 507 – 524

Abstract

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No final do século XIX ocorreram epidemias de febre amarela em Campinas. Considerada doença litorânea, a febre assustou leigos e médicos. O debate científico sobre a etiologia da doença deixou revistas e correspondências médicas para orientar ações políticas e sanitárias. Visando combater a enfermidade, a cidade ganhou contornos de laboratório e vivenciou sua "era do saneamento e das demolições", com vitórias sobre o achaque e transtornos à população. A Comissão Sanitária Estadual comandada por Emílio Ribas, ciente da teoria culicidiana de Finlay, ensaiou em Campinas o que ocorreria no Rio de Janeiro de Oswaldo Cruz e Pereira Passos. A novidade do combate aos mosquitos conviveu com antigas práticas caras à teoria miasmática, como as desinfecções.

Keywords