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Limiares auditivos em músicos militares: convencionais e altas frequências

  • Cláudia Giglio de Oliveira Gonçalves,
  • Adriana Bender Moreira Lacerda,
  • Bianca Simone Zeigelboim,
  • Jair Mendes Marques,
  • Débora Luders

Journal volume & issue
Vol. 25, no. 2
pp. 181 – 187

Abstract

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OBJETIVO: Analisar e caracterizar os limiares auditivos tonais entre 500 Hz e 16.000 Hz de músicos profissionais, integrantes de uma banda militar. MÉTODOS: Realizou-se um estudo de coorte histórico, que comparou um grupo de 50 músicos profissionais (banda militar) com um grupo sem histórico de exposição profissional a som intenso (44 sujeitos); e homogêneos (p<0,05) em relação ao gênero (masculino) e à idade (em torno de 35 anos). Foram realizados exames de audiometria tonal limiar convencional e de altas frequências (de 9.000 a 16.000 Hz). RESULTADOS: A exposição à música desencadeou alterações auditivas permanentes. Quanto aos limiares auditivos convencionais, no grupo exposto encontrou-se 32% dos músicos com alterações auditivas neurossensoriais e no grupo não exposto encontrou-se 2,27%. Os sujeitos expostos à música tiveram 14,54 vezes mais risco de adquirir alterações auditivas neurossensoriais do que o grupo não exposto. Após 20 anos de exposição à música foram observadas pioras significativas nos limiares auditivos, principalmente nas altas frequências, e ocorreram diferenças entre os grupos a partir de 30 anos de idade. CONCLUSÃO: A exposição à música desencadeou alterações auditivas permanentes, evidenciando diferenças em relação ao grupo não exposto à música, registradas na avaliação audiológica convencional e em altas frequências.

Keywords