Alfa: Revista de Lingüística (Jan 2012)

Bancos de dados dociolinguísticos do português brasileiro e os estudos de terceira onde: potencialidades e limitações

  • Raquel Meister Ko. Freitag,
  • Marco Antonio Martins,
  • Maria Alice Tavares

DOI
https://doi.org/10.1590/S1981-57942012000300009
Journal volume & issue
Vol. 56, no. 3
pp. 917 – 944

Abstract

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Bancos de dados linguísticos de fala - especialmente aqueles elaborados para a pesquisa de orientação sociolinguística variacionista - têm sido fonte privilegiada para a descrição do português brasileiro. Neste texto, discutimos procedimentos metodológicos que deveriam ser adotados para a organização de novos bancos de dados. Fazemos um breve retrospecto dos bancos de dados já constituídos e sugerimos a coleta e expansão de corpora de diferentes comunidades de fala - e de diferentes comunidades de prática. De acordo com proposta defendida por Eckert (2012), os estudos sociolinguísticos podem ser distinguidos em três ondas de análise que refletem modos distintos de abordagem à variação linguística. Sugerimos estratégias para padronizar os procedimentos de organização de bancos de dados sociolinguísticos que levem em conta as três diferentes ondas da pesquisa sociolinguística, e destacamos a terceira onda, ainda incipiente no Brasil. A padronização dos bancos de dados sociolinguísticos facilitaria a realização de investigações contrastivas de diferentes dialetos brasileiros, contribuindo, dessa forma, para o estabelecimento e refinamento de generalizações e princípios de variação e mudança universais.

Keywords