O artigo tem como objetivo apresentar algumas reflexões, à luz das teorias bakhtinianas, sobre os enunciados presentes no contexto sócio-histórico da realização da partida de futebol entre Estados Unidos e Irã, válida pela Copa do Mundo de 1998, na França, e batizada de Jogo da Paz pela imprensa mundial. A proposta é trabalhar os conceitos de ato/atividade, evento e carnavalização, mostrando como pode ser construída uma teia de enunciados e diferentes produções de sentido que tangenciam a tensa relação política/diplomática entre os dois países fora das quatro linhas.