Cadernos de Saúde Pública (May 2011)

Esperança de vida ao nascer: impacto das variações na mortalidade por idade e causas de morte no Município de Campinas, São Paulo, Brasil Life expectancy at birth: impact of variation in mortality by age group and cause of death in Campinas, São Paulo State, Brazil

  • Ana Paula Belon,
  • Marilisa Berti de Azevedo Barros

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-311X2011000500006
Journal volume & issue
Vol. 27, no. 5
pp. 877 – 887

Abstract

Read online

O objetivo do estudo foi examinar o impacto das mudanças na mortalidade por idades e causas de morte sobre o aumento da esperança de vida ao nascer no Município de Campinas, São Paulo, Brasil, entre 1991, 2000 e 2005. Foram construídas tábuas de vida. O método de Pollard foi aplicado para estimar as contribuições das idades e causas de morte na variação da longevidade. O grupo etário de 0-1 ano foi o que mais contribuiu com o aumento da vida média masculina (31,1%) e feminina (22,9%) em 1991/2000. Entre 2000 e 2005, as idades de 15-44 anos responderam por 79% do ganho masculino. A maior contribuição entre 1991 e 2000 foi gerada pelas doenças cardiovasculares (66,1% entre os homens e 43,5% entre as mulheres). As causas externas subtraíram 1,1 ano entre os homens. Entre 2000 e 2005, com a queda da mortalidade por estas causas, a esperança de vida masculina aumentou em 2,3 anos. As neoplasias provocaram redução de 0,11 ano para homens e 0,15 ano para mulheres. Estes resultados podem auxiliar na orientação de políticas públicas de saúde para redução da mortalidade e aumento da esperança de vida ao nascer.This study investigated the impact of variation in mortality by age group and cause of death on gains in life expectancy at birth in the city of Campinas, São Paulo State, Brazil, in 1991, 2000, and 2005. Life tables were constructed. Pollard's method was used to estimate the contributions by age group and cause of death on gains in life expectancy. In 1991-2000, the age group that most contributed was 0-1 year (31.1% for males and 22.9% for females). In 2000-2005, 79% of the gain for males was the result of mortality improvements in the 15-44-year bracket. Cardiovascular diseases made the largest contribution in 1991-2000 (66.1% for males and 43.5% for females). A loss in longevity was seen in men (1.1 year) resulting from increased mortality from external causes. In 2000-2005, the substantial gain (2.3 year) in male life expectancy was due to a reduction in mortality from external causes. Neoplasms had a negative effect on the gain (0.11 year for males and 0.15 for females). These findings should help support public health policies to reduce mortality risks and increase life expectancy.

Keywords