Semina: Ciências Agrárias (Sep 2023)

Efeito da Saccharomyces cerevisiae em cultura ou lisada na imunidade inata, na morfologia ruminal e intestinal de novilhos terminados em confinamento

  • Bruna Fernanda Zdepski ,
  • Jayme Augusto Peres,
  • Bianca Milla,
  • Sarah Naiverth de Oliveira,
  • Carolina Rodrigues Depaoli,
  • Ana Carolina Araujo Abreu,
  • Gabriela Garbossa,
  • Ricardo Pereira Manzano,
  • Heloisa Godoi Bertagnon

DOI
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2023v44n4p1321
Journal volume & issue
Vol. 44, no. 4

Abstract

Read online

O objetivo do trabalho foi avaliar se a administração de duas classes de Saccharomyces cerevisiae melhoram a saúde de novilhos terminados confinados. Um total de 33 novilhos ½ sangue Angus-Nelore, (350 ±10 kg peso vivo e 11± 5 meses de vida) alimentados com dieta energética foram avaliados no início (0 e 16 dias), meio (44 e 72 dias) e final (100) de confinamento, por meio de indicadores de inflamação e saúde do trato respiratório e digestório. A inflamação e imunidade inata foram aferidas por metabolismo oxidativo de leucócitos (MO); teores séricos de haptoglobina e razão neutrófilo:linfócito. A saúde respiratória foi verificada por secreção nasal, temperatura retal e lesões pulmonares no abate. E a saúde digestória foi verificada por histomorfologia do rúmen e intestino. Os tratamentos foram: Saccharomyces cerevisiae na forma de cultura (CUL n=12), S. cerevisiae na forma autolisada (AUT n=10) e dieta controle (CON n=11). O CUL apresentaram incremento médio de 7% no MO, menores indicadores de doença respiratória e de status inflamatório na fase intermediária e final do confinamento. As papilas ruminais destes animais era 30% mais delgada que o CON, e apresentavam menor escore de ruminite. Apesar do AUT promover incremento de 10% no MO e menor status inflamatório na fase intermediária e final do confinamento também, os novilhos apesentaram mais indicadores de doenças respiratórias que o CUL. O AUT ainda aumentou 25% da área de vilosidade de duodeno, e 15% na altura da vilosidade jejunal. Sua ação em papila ruminal foi tênue, minimizando apenas o escore de ruminite. Concluiu-se que ambas as classes de S. cerevisiae aumentaram a saúde dos animais em relação ao CON, destacando-se a suplementação com cultura de S. cerevisiae, que resultou em menor alteração de papilas ruminais compatíveis com menor ocorrência de SARA, melhores resultados do sistema imunológico e menor ocorrência de CRB. O autolisado de S. cerevisiae demonstrou maior efeito intestinal, com atuação de menor impacto em papila ruminal. E apesar de ter ganho imunológico similar ao encontrado ao CUL, apresentou menor influência na saúde do trato respiratório.

Keywords