Revista Conjuntura Austral (Jan 2024)
Transição de poder no Equador
Abstract
As eleições de 2017 marcaram o encerramento de dez anos dos governos de Rafael Correa no Equador (2007-2017). Correa decidiu abster-se de uma candidatura. O apoio veio àquele que havia sido seu aliado e vice-presidente (2007-2013), mas que, em poucos meses, se tornaria seu desafeto: Lenín Moreno. Dessa maneira, a pergunta que este trabalho pretende responder é: de que forma a transição de Rafael Correa para Lenín Moreno na presidência do Equador afetou os ambientes político e econômico do país? O objetivo geral é identificar, no mandato de Moreno (2017-2021), avanços e retrocessos em relação às gestões anteriores de Correa no que diz respeito aos campos político e econômico do Equador. Trata-se de pesquisa com abordagem qualitativa. Quanto aos procedimentos, caracteriza-se como pesquisa documental e bibliográfica. O marco teórico-conceitual tem como base o “tecnopopulismo”. Os resultados deste estudo indicam que Moreno promoveu medidas que amenizaram o ambiente autocrático criado por Correa, prometendo um projeto econômico alternativo e a revisão de programas de assistência social. Desse modo, Moreno buscou construir projetos que, de alguma maneira, se afastassem de seu antecessor. Ainda que prejudicado por fatores externos, a presidência de Moreno foi marcada pela perda de apoio popular.
Keywords