Pesquisa Agropecuária Gaúcha (Nov 2019)

Aspectos fitotécnicos do cultivo da oliveira no Rio Grande do Sul I: biologia reprodutiva

  • Sídia Witter,
  • Adilson Tonietto,
  • Caio Fábio Stoffel Efrom,
  • Andreia Mara Rotta Oliveira,
  • Vera Regina dos Santos Wolff,
  • Flávio Varone

DOI
https://doi.org/10.36812/pag.2019253133-145
Journal volume & issue
Vol. 25, no. 3
pp. 133 – 145

Abstract

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A oliveira (Olea europaea L.), apesar de apresentar flores hermafroditas e estaminadas, possui mecanismos que favorecem a alogamia, sendo desaconselhável a formação de pomares monovarietais. A polinização da oliveira é anemófila, produzindo grande quantidade de grãos de pólen espalhados no ar durante a floração. A viabilidade econômica da produção de azeite de oliva depende da produção de frutos e vários fatores podem afetar a frutificação. Esse estudo teve como objetivo entender as relações da biologia reprodutiva com a produção de frutos em oliveira, nas condições do sul do Brazil. O estudo foi realizado em 2016 e 2017, em olival comercial localizado em Barra do Ribeiro/RS, em espaçamento de 5x7, com as cultivares Koroneiki, Arbequina e Arbosana. Analisou-se o número de inflorescências por ramo, o número de flores por inflorescência, o número de flores hermafroditas, a qualidade do pólen e o sistema de polinização. ‘Arbosana’ apresentou o maior número de flores/inflorescência. ‘Arbequina’ apresentou o maior percentual de flores hermafroditas que ‘Koroneiki’ nos dois anos avaliados, não diferindo de ‘Arbosana’ em 2017. Houve redução do percentual de flores hermafroditas para as cultivares Koroneiki e Arbequina, no segundo ano avaliado. Houve redução na viabilidade do pólen em 2017, mais expressivo em ‘Koroneiki’. Independente da cultivar, a polinização livre proporcionou maior frutificação. ‘Koroneiki’ fixou mais frutos que ‘Arbequina’; os parâmetros avaliados não foram determinantes para a frutificação das cultivares estudadas.

Keywords