Cadernos de Saúde Pública (Jan 2003)

A saúde da mulher em situação de violência: representações e decisões de gestores/as municipais do Sistema Único de Saúde Women's health in violent situations: municipal administrative roles and decision-making in the Brazilian public health system

  • Madge Porto,
  • Cecilia McCallum,
  • Russell Parry Scott,
  • Heloísa M. Mendonça de Morais

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-311X2003000800006
Journal volume & issue
Vol. 19
pp. S243 – S252

Abstract

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Este estudo tem como objetivo investigar as representações de gestores/as sobre a saúde da mulher em situação de violência e a influência dessas representações nas decisões por ações de saúde para essas mulheres. Trata-se de um estudo qualitativo e descritivo, do qual participaram 18 gestores/as de três municípios em Gestão Plena do SUS da Região Metropolitana do Recife (Pernambuco, Brasil). Esses gestores/as foram acomodados em três grupos distintos, com base na semelhança de suas falas sobre a mulher em situação de violência e as ações em saúde para essas mulheres. Entretanto, esses três grupos convergem no que se refere às representações que determinam as decisões por ações em saúde para essas mulheres: o compromisso da gestão com o movimento feminista. Este compromisso aparece como o fator mais relevante e argumentos comuns entre gestores/as da saúde como: problema de saúde pública e qualidade de vida, ou mais tecnicamente, a questão de custo-benefício, não são destacados.The aim of this study was to investigate the role of health management staff concerning the health of women facing violent situations and the impact these roles have on decisions concerning health measures targeting these women. The study employed a qualitative, descriptive methodology including 18 health management staff members from three municipalities classified as having fully autonomous municipal management systems under the Unified National Health System (SUS) in Greater Metropolitan Recife, Pernambuco State, Brazil. Staff members were divided into three distinct groups according to their opinions on women in violent situations and women's health interventions. However, the three groups were convergent with respect to their roles in determining decisions on health actions for these women. The health management staff's commitment to the feminist movement proved to be the most relevant factor. Common issues among staff members, such as the problem of public health and quality of living, or more technically, the cost-benefit issue, did appear as key arguments.

Keywords