Revista Brasileira de Zootecnia (Dec 2001)
Níveis de Proteína Bruta para Leitoas dos 30 aos 60 kg Mantidas em Ambiente de Conforto Térmico (21ºC)
Abstract
O experimento foi conduzido para avaliar níveis de proteína bruta (PB) para leitoas em crescimento, mantidas em conforto térmico. A temperatura interna da sala manteve-se durante o período experimental em 21,3 ± 0,53°C, a umidade relativa em 70,5 ± 5,11% e o Índice de Temperatura de Globo e Umidade (ITGU) calculado no período em 68,7 ± 0,93. Foram utilizadas 40 leitoas mestiças, com peso inicial médio de 29,4 ± 1,42 kg, em delineamento de blocos ao acaso com cinco tratamentos (16, 17, 18, 19 e 20% de PB), quatro repetições e dois animais por unidade experimental. As rações experimentais foram isoenergéticas, com 3400 kcal de ED/kg de ração, e formuladas para satisfazerem às exigências dos animais, exceto em PB. A ração e a água foram fornecidas à vontade até o final do experimento, quando os animais atingiram peso médio de 60,6 ± 1,76 kg. O nível de PB da ração influenciou o ganho de peso diário (GPD), que aumentou, e a conversão alimentar (CA), que melhorou linearmente. Apesar do efeito linear dos níveis de PB sobre o GPD e CA, o modelo "Linear Response Platô" (LRP) foi o que melhor se ajustou aos dados, estimando em 18,78 e 19,15%, os níveis de PB a partir do qual o GPD e a CA, permaneceram em um platô. Os consumos diários de proteína e lisina aumentaram linearmente em razão do nível de PB da ração, porém não se observou efeito dos tratamentos sobre os consumos de ração e de energia digestível diários. Concluiu-se que leitoas em crescimento, mantidas em ambiente de conforto térmico, exigem 19,15% de PB na ração, correspondendo a um consumo de 343 e 19,08 g/dia de proteína e lisina total, respectivamente.