Biotemas (Sep 2013)

Morfologia e vascularização do baço de jacaré (Caiman crocodilus yacare – Daudin, 1802)

  • Rosangela Felipe Rodrigues,
  • Alan Peres Ferraz de Melo,
  • Raphaella Barbosa Meirelles Bertolli

DOI
https://doi.org/10.5007/2175-7925.2013v26n4p185
Journal volume & issue
Vol. 26, no. 4
pp. 185 – 193

Abstract

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O Caiman crocodilus yacare é encontrado do norte da Argentina até o sul da bacia Amazônica, ocorrendo principalmente no Pantanal. Sua alimentação consiste de peixes e outros vertebrados aquáticos e invertebrados, como caranguejos, caramujos e insetos. Seu comprimento pode chegar a 3 m e essa espécie é importante porque proporciona controle biológico de outras espécies animais, ao se alimentar de indivíduos fracos, velhos e doentes, incapazes de escapar de seu ataque. Foram utilizados 15 jacarés, machos e fêmeas jovens, empregando técnicas histológicas; técnicas de injeção com Neoprene látex 450 e acetato de vinila; e técnicas radiográficas para observar particularidades do baço nessa espécie. O órgão apresenta forma cônica, sendo mais espesso na sua extremidade cranial e afilando-se em sua extremidade caudal. O baço envolveu a artéria mesentérica cranial, que se dirigiu aos intestinos, desde sua origem na artéria celíaca até o seu terço médio, pelo parênquima lienal em todas as preparações. A irrigação do baço de jacaré foi originada da artéria celíaca, por meio de seu ramo, a artéria mesentérica cranial, a qual se ramificou em artérias lienais, somente no interior desse órgão. As veias lienais apresentaram-se como as veias lienais cranial, craniomedial, medial e caudal que drenam da cápsula lienal à região medular, passando pela região cortical e dirigindo-se à veia porta hepática. O baço de jacaré não apresentou correspondência entre as artérias e as veias responsáveis pela vascularização de um determinado território lienal, mas foram observadas artérias que irrigaram e veias que drenaram áreas particulares do parênquima lienal.

Keywords