Revista Brasileira de Terapia Intensiva ()

Prevalência de síndrome de burnout em médicos intensivistas de cinco capitais brasileiras

  • Márcia Oliveira Staffa Tironi,
  • José Mário Meira Teles,
  • Dalton de Souza Barros,
  • Débora Feijó Villas Bôas Vieira,
  • Colbert Martins da Silva Filho,
  • Davi Felix Martins Júnior,
  • Marcos Almeida Matos,
  • Carlito Lopes Nascimento Sobrinho

DOI
https://doi.org/10.5935/0103-507X.20160053
Journal volume & issue
Vol. 28, no. 3
pp. 270 – 277

Abstract

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RESUMO Objetivo: Estimar a prevalência de burnout em médicos intensivistas que trabalham em unidades de terapia intensiva adulto, pediátrica e neonatal, de cinco capitais brasileiras. Métodos: Estudo epidemiológico descritivo, com amostra aleatória e estratificada por conglomerado, de 180 médicos intensivistas de cinco capitais, representando as regiões geográficas brasileiras: Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Salvador (BA), Goiânia (GO) e Belém (PA). Um questionário autoaplicável avaliou dados sociodemográficos e o nível de burnout foi avaliado por meio do Maslach Burnout Inventory. Resultados: Foram avaliados 180 médicos, sendo 54,4% do sexo feminino. A média de idade foi 39 ± 8,1 anos, 63,4% com a especialização como a maior titulação, 55,7% com até 10 anos de trabalho em unidade de terapia intensiva e 46,1% possuíam título de especialista em terapia intensiva. A maioria (50,3%) tinha carga horária semanal de trabalho entre 49 e 72 horas, e o tipo de vínculo mais frequente foi empregado assalariado. Níveis elevados de exaustão emocional, despersonalização e ineficácia foram encontrados em 50,6%, 26,1% e 15,0%, respectivamente. A prevalência de burnout foi de 61,7%, quando considerado nível alto em pelo menos uma dimensão e de 5% com nível alto nas três dimensões simultaneamente. Conclusão: Observou-se elevada prevalência da síndrome de burnout entre os médicos intensivistas. Estratégias para promoção e proteção à saúde desses trabalhadores devem ser discutidas e implementadas nos hospitais.

Keywords