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DINHEIRO, TECIDOS, RUM E A ESTÉTICA DO ECLIPSAMENTO EM SAAMAKA

  • Rogério Brittes W. Pires

DOI
https://doi.org/10.1590/1678-49442017v23n3p545
Journal volume & issue
Vol. 23, no. 3
pp. 545 – 577

Abstract

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Resumo O artigo trata dos businenge (maroons, quilombolas) saamaka do Alto Suriname. Parto de um tema clássico da antropologia - a separação nem sempre clara entre dádivas e mercadorias - e um aspecto particular da vida econômica nesta localidade - a rejeição do uso de dinheiro em determinadas esferas de circulação de objetos, serviços e palavras - como problemas. A ideia é compreender os motivos pelos quais, mesmo num contexto econômico crescentemente monetizado e integrado à economia capitalista global, há certos tipos de trocas nas quais o papel-moeda não deve circular de forma explícita, e nas quais fazem o papel de “moeda” objetos cuja fabricação é estrangeira. Busco compreender como é traçada, em Saamaka, a exterioridade e a interioridade, e de que forma o dinheiro é marcado como externa, enquanto certas “dádivas”, como rum e tecido, são feitas internas.

Keywords