Clinical and Biomedical Research (Apr 2011)

Análise de Incompatibilidades de Medicamentos Intravenosos no Centro de Tratamento Intensivo Adulto do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

  • Cassia Garcia Moraes,
  • Daiandy da Silva,
  • Denise Bueno

Journal volume & issue
Vol. 31, no. 1

Abstract

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Introdução: As incompatibilidades medicamentosas quando ocorrem são consideradas erro de medicação, e o produto resultante pode afetar a eficácia e a segurança da terapia, sendo que conhecer seus fundamentos pode ajudar a prevenir sua ocorrência diminuindo, assim, seus riscos. Objetivo: Identificar e quantificar as incompatibilidades físico-químicas entre medicamentos administrados através da via intravenosa em pacientes internados no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), observar a possibilidade de orientações farmacêuticas para a administração dos medicamentos incompatíveis. Metodologia: Estudo transversal, no qual foram avaliadas as prescrições de Março a Maio de 2010, a partir dos prontuários eletrônicos, verificando a ocorrência de incompatibilidades medicamentosas entre as formas farmacêuticas intravenosas. Foi realizada uma intervenção farmacêutica por meio de orientações quanto à administração dos medicamentos identificados como incompatíveis. Resultados: Foram analisadas 65 prescrições médicas, destas 51 apresentaram incompatibilidade entre os medicamentos. A média de medicamentos intravenosos foi de sete (DP±1,6) por prescrição. Foram identificadas 177 incompatibilidades entre 35 medicamentos diferentes, que levaram a 71 possibilidades de interação. Os medicamentos mais envolvidos nas incompatibilidades foram o Midazolam (18,1%) e a Insulina (10,5%). As incompatibilidades mais encontradas foram entre Midazolam e Piperacilina+Tazobactam (9,6%) e entre Insulina e Noradrenalina (7,9%). Das 51 prescrições que geraram orientação farmacêutica, 13 destas puderam ser realizadas pela equipe de enfermagem. Conclusão: As incompatibilidades medicamentosas podem ser identificadas e evitadas com a presença do farmacêutico na unidade de internação, diminuindo a ocorrência de efeitos indesejáveis ao paciente.

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