Revista Portuguesa de Cardiologia (Jun 2018)

Modified shock index: A bedside clinical index for risk assessment of ST-segment elevation myocardial infarction at presentation

  • Glória Abreu,
  • Pedro Azevedo,
  • Carlos Galvão Braga,
  • Catarina Vieira,
  • Miguel Álvares Pereira,
  • Juliana Martins,
  • Carina Arantes,
  • Catarina Rodrigues,
  • Alberto Salgado,
  • Jorge Marques

Journal volume & issue
Vol. 37, no. 6
pp. 481 – 488

Abstract

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Introduction: Prompt identification of higher-risk patients presenting with ST-segment elevation myocardial infarction (STEMI) is crucial to pursue a more aggressive approach. Objective: We aimed to assess whether the modified shock index (MSI), the ratio of heart rate to mean arterial pressure, could predict six-month mortality among patients admitted with STEMI. Methods: A retrospective observational cohort study was performed in a single center including 1158 patients diagnosed with STEMI, without cardiogenic shock on admission, between July 2009 and December 2014. They were divided into two groups: group 1 – patients with MSI <0.93 (72%); group 2 – patients with MSI≥0.93 (28%). The primary endpoint was six-month all-cause mortality. Results: MSI≥0.93 identified patients who were more likely to have signs of heart failure (p=0.002), anemia (p<0.001), renal insufficiency (p=0.014) and left ventricular systolic dysfunction (p=0.045). They more often required inotropic support (p<0.001), intra-aortic balloon pump (p<0.001) and mechanical ventilation (p<0.001). Regarding in-hospital adverse events, they had a higher prevalence of malignant arrhythmias (p=0.01) and mechanical complications (p=0.027). MSI≥0.93 was an independent predictor of overall six-month mortality (adjusted HR 2.00, 95% CI 1.20-3.34, p=0.008). Conclusion: MSI was shown to be a valuable bedside tool which can rapidly identify high-risk STEMI patients at presentation. Resumo: Introdução: A identificação precoce dos doentes (dts) de maior gravidade que se apresentam com enfarte com supradesnivelamento do segment ST (EAMCSST) é fundamental para uma abordagem mais eficaz e/ou segura. Objetivo: Avaliar se o índice de choque modificado (ICM) – razão entre a frequência cardíaca e a pressão arterial média – poderá ser um preditor de mortalidade aos seis meses, nos doentes admitidos com enfarte com EAMCSST. Métodos: Estudo observacional, unicêntrico, retrospetivo que incluiu 1158 doentes admitidos com o diagnóstico de EAMCSST, sem choque cardiogénico à admissão, desde julho de 2009 a dezembro de 2014. Os doentes foram divididos em dois grupos: grupo 1 – dts com ICM<0,93 (72%); grupo 2 – dts com ICM≥0,93 (28%). O endpoint primário foi a ocorrência de morte por todas as causas aos seis meses. Resultados: Os doentes com ICM≥0,93 apresentavam mais frequentemente sinais de insuficiência cardíaca (p=0,002), anemia (p<0,001), insuficiência renal (p=0,014) e disfunção ventricular esquerda (p=0,045) à admissão. Estes doentes necessitaram mais frequentemente de suporte aminérgico (p<0,001), suporte com balão intra-aórtico (p<0,001) e ventilação mecânica invasiva (p<0,001). Relativamente aos eventos hospitalares adversos, os doentes com ICM≥0,93 apresentaram mais frequentemente arritmias malignas (p=0,01) e complicações mecânicas (p=0,027). O valor de ICM≥0,93 mostrou-se um preditor independente de mortalidade por todas as causas aos seis meses – HR ajustada 2,00, 95% CI (1,20-3,34), p=0,008. Conclusão: O índice de choque modificado mostrou ser uma ferramenta útil, capaz de estratificar rapidamente os doentes com EAMCSST de maior risco. Keywords: ST-elevation myocardial infarction, Stratification, Mortality, Outcome, Modified shock index, Palavras-chave: Enfarte com supradesnivelamento do segment ST (EAMCSST), Estratificação, Mortalidade, Prognóstico, Índice de choque modificado (ICM)