Ornamental Horticulture (Jun 2007)

Introdução in vitro de Lophantera lactescens Ducke (Malpighiaceae).

  • Bruno Henrique Crespo Porto,
  • Heber dos Santos Abreu,
  • Desiane Amaral de Deus,
  • Mariana Silva Duarte,
  • Kelly Carla Almeida de Souza

DOI
https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1742
Journal volume & issue
Vol. 13

Abstract

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A utilização de plantas medicinais vem crescendo a cada ano e as informações sobre o assunto para fins comerciais ainda são escassas (Newall et al., 2002). Lophantera lactescens Ducke (Malpighiaceae) é uma espécie endêmica da Amazônia brasileira, ocorrendo tanto no interior de mata primária densa como em formações secundárias (Lorenzi, 1992). É utilizada pelos nativos como agente febrífugo sobre a malária, através da ingestão de casca e folhas sobre a forma de infusão. Interessados encontrar um substituto do quinina, Ribeiro e Machado (1946) pesquisaram a espécie e descreveram o isolamento de um alcalóide denominado Lofanterina. Estudos envolvendo a obtenção de constituintes químicos permitiram o isolamento do nor-triterpeno codificado como LLD-3, que apresenta ação antiálgica, antitérmica e bloqueadora dos canais de potássio (Abreu et al., 1990). Embora muitos compostos derivados de plantas medicinais possam ser sintetizados em laboratório, tal síntese é freqüentemente complexa, com rendimentos abaixo do esperado, corroborando assim uma produção economicamente inviável destes metabólitos de interesse (Holton, 1994; Nicolau, 1994). Quando o cultivo convencional é inviável, o uso de técnicas biotecnológicas se constitui uma ferramenta bastante útil para a obtenção de culturas de células in vitro e reprodução de explantes com características desejáveis, tais como: resistência a pragas e outras condições de estresse, alta produtividade e elevado rendimento de substâncias ativas de interesse (Zenck, 1998). As espécies lenhosas apresentam dificuldades para o estabelecimento in vitro, principalmente se for utilizado material vegetal proveniente de plantas adultas, pois podem apresentar infestação interna ou externa por microrganismos. Por isso, a utilização de plântulas germinadas in vitro, em condições assépticas, torna-se mais vantajosa (Skirvin, 1981). Segundo Corder e Borges Junior (1999), vários fatores podem afetar o vigor germinativo das sementes e promover a formação de plântulas anormais ou sua morte, entre eles a dormência e a presença de microrganismos, sobretudo de fungos e bactérias. Por isso, os métodos de desinfestação devem ser eficazes, para que a plântula sirva de fonte de explante livre de fungos e bactérias. O presente trabalho teve como objetivo verificar a germinação in vitro das sementes de Lophantera lactescens Ducke, determinando o melhor tempo de exposição destas ao agente desinfestante.

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