Penicillium expansum destaca-se como fitopatógeno cosmopolita e altamente agressivo, responsável pelo bolor azul, doença que proporciona a perda de qualidade e quantidade pós colheita de frutos. Aplicações de produtos químicos é tradicionalmente o método de controle mais utilizado. No entanto, a bioprospecção de algas tem-se revelado uma fonte para uma grande quantidade de compostos antifúngicos. Desta maneira, o presente trabalho tem por objetivo avaliar os efeitos dos extratos etanólicos de sete microalgas e cinco macroalgas contra P. expasum. O potencial antifúngico foi avaliado analisando-se a porcentagem de germinação, o tamanho do tubo germinativo, a concentração mínima inibitória e a concentração efetiva mediana (CE50). O perfil espectrofotométrico foi realizado nos extratos que apresentaram efeito inibitório. Dentre as algas estudadas, os extratos de Chlorella sp. e H. pluvialis, nas concentrações finais de 18,8 e 125,95 mg.mL-1, foram capazes de inibir 100 e 91% da germinação, respectivamente. A CE50 foi de 2,93 e 61,20 mg.mL-1, para Chlorella sp. e H. pluvialis, respectivamente. Chlorella sp. apresentou picos de absorção na faixa da clorofila-a, já H. pluvialis apresentou um pico correspondente a faixa dos compostos fenólicos. Embora sejam necessários mais estudos para caracterizar os extratos, Chlorella sp. e H. pluvialis apresentaram efeito antifúngico promissor no controle de P. expansum.