Cadernos de Saúde Coletiva (Nov 2018)

A depressão pós-parto em mulheres que sobreviveram à morbidade materna grave

  • Mônica Silva Silveira,
  • Ricardo Queiroz Gurgel,
  • Íkaro Daniel de Carvalho Barreto,
  • Leda Maria Delmondes Freitas Trindade

DOI
https://doi.org/10.1590/1414-462x201800040020
Journal volume & issue
Vol. 26, no. 4
pp. 378 – 383

Abstract

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Resumo Introdução A morbidade materna grave é cada vez mais conhecida como um indicador útil de segurança e de qualidade do cuidado materno e pode afetar a saúde mental da mãe. Objetivo Avaliar a relação entre a morbidade materna grave (near miss) e os sintomas da depressão pós-parto. Método Estudo descritivo de coorte prospectivo. A amostra foi constituída por 549 mulheres puérperas em duas maternidades públicas do Estado de Sergipe. Foi aplicada a Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) para identificar os sintomas de depressão no pós-natal. Para a análise estatística, aplicaram-se os testes do Qui-quadrado, de U-Mann-Whitney e o coeficiente de correlação de postos de Spearman, e considerou-se o nível de significância de α ≤ 0,05%. Resultados 156 (56%) das mães expostas à MMG/NM e 45 (17%) das não expostas revelaram forte associação com depressão pós-parto e maior chance (ORC: 24,0; IC95%: 7,23-79,7) de desenvolvê-la. Conclusão A MMG/NM tem impacto negativo na saúde mental da mulher e eleva a sua vulnerabilidade para a doença mental. É fundamental para a qualidade da assistência materno-infantil a implantação de políticas públicas que assegurem prevenção e estratégias de enfrentamento.

Keywords