Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)

ENFERMAGEM NA PLASMAFÉRESE: ESTRATÉGIAS PARA SEGURANÇA E EFICIÊNCIA TERAPÊUTICA

  • DMA Pereira,
  • AFC Oliveira,
  • DSL Costa,
  • DGPMLD Santos,
  • AF Morais

Journal volume & issue
Vol. 46
p. S1169

Abstract

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Introdução: A plasmaférese é uma técnica terapêutica extracorpórea que separa o plasma do sangue total por centrifugação, retendo as células sanguíneas e reintroduzindo-as no paciente, enquanto o plasma é substituído por uma solução de albumina humana a 5% ou plasma fresco congelado. Esse procedimento é indicado para pacientes com condições patológicas específicas e visa reduzir entidades fisiopatológicas atípicas, como autoantígenos, autoanticorpos, complexos imunes circulantes e proteínas danificadas. A enfermagem desempenha um papel crucial na administração deste tratamento, garantindo sua eficácia e segurança. Objetivo: Trata-se de estudo que aborda o papel essencial do enfermeiro na condução da plasmaférese terapêutica, destacando sua contribuição crucial para garantir a segurança e a excelência no cuidado ao paciente. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência descritivo baseado em estágio extracurricular realizado de maio a junho de 2024 em um hemocentro de referência em Recife-PE, com aplicação prática da assistência de enfermagem na plasmaférese terapêutica. Resultado e discussão: A gestão de enfermagem foi conduzida conforme o protocolo operacional padrão da instituição. O enfermeiro foi responsável pela administração do fluido de reposição adequado à condição clínica do paciente, monitorização rigorosa dos sinais vitais antes, durante e após o procedimento, e acompanhamento dos exames solicitados pelos médicos. Além disso, o enfermeiro realiza punção da fístula e manipulação de cateter central e é responsável pelo registro detalhado dos parâmetros da máquina de plasmaférese, incluindo volume removido, volume infundido, balanço hídrico, velocidade do fluxo e relação com o anticoagulante, com o auxílio do técnico de enfermagem na operação do equipamento. Todos os procedimentos foram registrados meticulosamente, incluindo reações adversas e descrição dos lotes de materiais estéreis, visando a segurança do paciente. Conclusão: O enfermeiro demonstrou papel fundamental na gestão da plasmaférese terapêutica, desde o planejamento até a conclusão do procedimento. As intervenções foram realizadas de forma clara, objetiva e humanizada, com foco na individualidade e segurança do paciente. O processo da enfermagem foi evidente, sendo alinhado ao diagnóstico médico e às necessidades específicas do paciente durante a terapia de aférese.