Jornal de Pediatria (Apr 2004)

Depressão e doença bipolar na infância e adolescência Bipolar disorder and depression in childhood and adolescence

  • Dênio Lima

DOI
https://doi.org/10.1590/S0021-75572004000300003
Journal volume & issue
Vol. 80, no. 2
pp. 11 – 20

Abstract

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OBJETIVOS: Este estudo buscou a revisão da história, conceitos, categorias diagnósticas, epidemiologia, fatores genéticos e neurobiológicos, assim como fatores predisponentes e modalidades de tratamento desses transtornos. FONTES DOS DADOS: Foi realizada uma revisão extensa da literatura sobre depressão infantil e transtorno bipolar. SÍNTESE DOS DADOS: A depressão infantil e o transtorno bipolar estão associados a fatores genéticos, temperamento, eventos adversos da vida, divórcio, problemas acadêmicos, abuso físico e sexual e fatores neurobiológicos. O tratamento pode ser realizado, na maioria das vezes, com medicações e psicoterapia. CONCLUSÕES: São transtornos importantes, muitas vezes de difícil diagnóstico, que, uma vez reconhecidos e tratados, irão minorar o sofrimento de crianças e adolescentes. O pediatra poderá intervir orientando a família nos casos leves, mas deve ficar atento àqueles que necessitam de outros tipos de tratamento.OBJECTIVES: To provide a historical review of childhood depression and bipolar disorder, covering concepts, diagnostic categories, epidemiology, genetic and neurobiological aspects as well as predisposing factors and treatment modalities. SOURCES OF DATA: Extensive review of the literature on child depression and bipolar disorder. SUMMARY OF THE FINDINGS: Child depression and bipolar disorder are associated with genetic factors, mood, adverse life events, divorce, academic problems, physical and sexual abuse, and neurobiological factors. Treatment usually includes medication and psychotherapy. CONCLUSIONS: These are important childhood disorders whose diagnosis is often difficult. The identification and treatment of depression and bipolar disorder reduces the suffering of affected children and adolescents. The pediatrician can intervene by orienting the family in mild cases, but must be alert to cases requiring more aggressive treatment.

Keywords