Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Jun 2007)

Doença meningocócica: comparação entre formas clínicas Meningococcal disease: comparison between clinical forms

  • Nádia Stella-Silva,
  • Solange Artimos Oliveira,
  • Keyla Belízia Feldman Marzochi

DOI
https://doi.org/10.1590/S0037-86822007000300011
Journal volume & issue
Vol. 40, no. 3
pp. 304 – 310

Abstract

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Visando avaliar formas clínicas da doença meningocócica, foram revistos 201 casos diagnosticados como doença meningocócica, em Hospital Universitário da Universidade Federal Fluminense; durante o período de 1971 a 1996, dos quais 185 preencheram os critérios de inclusão. A caracterização clínico-laboratorial permitiu reagrupá-los nas formas de doença meningocócica com meningite, 18%, meningite e septicemia, 62%, e septicemia, 20%. Dados epidemiológicos disponíveis não diferenciaram formas clínicas. Na meningite meningocócica foi significativamente maior: tempo de história clínica; freqüência de manifestações neurológicas; e positividade da bacterioscopia, cultura e teste do látex no líquor. Na septicemia menigocócica, houve predomínio significativamente de: choque; letalidade e níveis maiores de tempo parcial de tromboplastina. Septicemia meningogócica e septicemia com meningite se diferenciaram da meningite meningocócica quanto a: tempo de história clínica; ocorrência de sinais neurológicos focais; coagulação intravascular disseminada e artrite. Dados clínico-laboratoriais levam a admitir meningite como forma localizada de doença meningocócica, e septicemia com meningite e septicemia como variações de gravidade da forma sistêmica da doença.In order to asses the clinical forms of meningococcal disease, we reviewed 201 cases diagnosed as meningococcal disease in the University Hospital of the Fluminense Federal University in Rio de Janeiro, 185 of which met the inclusion criteria. Clinical and laboratorial characterization allowed for grouping of the cases as follows: meningococcal meningitis, 18%; meningitis with septicemia, 62%; and septicemia, 20%. Available epidemiological data did not differentiate clinical forms. The following were significantly greater in meningococcal meningitis: duration of clinical history; frequency of neurological manifestations; positive bacterioscopy; culture and latex test in cerebrospinal fluid. The following were significantly predominant in septicemia: shock; fatal outcome and higher partial thromboplastin time. Septicemia and meningitis with septicemia were differentiated from meningococcal meningitis in the following: duration of clinical history; occurrence of focal neurological signs; disseminated intravascular coagulation; and arthritis. Clinical and laboratory data lead us to admit meningococcal meningitis as a localized form of Meningococcal disease, and meningitis with septicemia and septicemia as variations in severity of the systemic form of the disease.

Keywords