Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento (Jan 2024)

Pêssego pasteurizado: uma estratégia para aumentar a durabilidade desta matéria-prima no banco de alimentos de Caxias do Sul-RS

  • Gabriela Chilanti,
  • Elizete Maria Pesamosca Facco,
  • Kelly Estarla dos Passos Andreis,
  • Júnia Capua de Lima Novello

Journal volume & issue
Vol. 18, no. 112
pp. 52 – 61

Abstract

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O impacto do desperdício de alimentos na sociedade e no meio ambiente é significativo. As perdas ocorrem em todas as etapas da cadeia produtiva. O Banco de Alimentos de Caxias do Sul-RS tem como objetivo promover a segurança alimentar, distribuindo alimentos sem valor comercial, mas adequados para o consumo, para famílias e entidades assistenciais cadastradas. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da pasteurização nas características químicas, físicas e microbiológicas do pêssego. Para isso, foram avaliados o teor de compostos fenólicos totais, carotenoides totais, atividade antioxidante, cor, pH, acidez, sólidos solúveis, Escherichia. coli, Salmonella sp., bolores e leveduras e coliformes a 45°C das frutas picadas ou trituradas e pasteurizadas (90 °C por 1, 2 e 3 minutos) em comparação com o controle (sem pasteurização). Os resultados mostraram que o tratamento térmico reduziu o teor de carotenoides totais, mas não influenciou nos teores de compostos fenólicos totais e na atividade antioxidante nos três tempos de tratamento. A pasteurização influenciou nos parâmetros de cor, aumentando a tendência à cor alaranjada das amostras trituradas. Em relação aos resultados microbiológicos, as amostras atenderam a recomendação da legislação e apresentaram-se próprias para consumo. Conclui-se, portanto, que a pasteurização a 90 °C por 1 min é uma opção viável e segura para preservar as características do pêssego e aumentar a utilização desta fruta.

Keywords