Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia (Aug 2022)

Perda de função mastigatória e risco de fragilidade em idosos vivendo em domicílios familiares no Estado de São Paulo

  • María Jesús Arenas-Márquez,
  • Luísa Helena do Nascimento Tôrres,
  • Flávia Silva Arbex Borim,
  • Mônica Sanches Yassuda,
  • Anita Liberalesso Neri,
  • Maria da Luz Rosário de Sousa

DOI
https://doi.org/10.1590/1981-22562022025.210234.pt
Journal volume & issue
Vol. 25, no. 5

Abstract

Read online Read online

Resumo Objetivo Verificar se a perda de função mastigatória aumenta o risco de fragilidade em idosos vivendo em domicílios familiares no Estado de São Paulo. Métodos Foi adotado um delineamento de coorte prospectivo sobre a base de dados do estudo FIBRA (Fragilidade em Idosos Brasileiros), com linha de base realizada em 2008-2009 e seguimento em 2016-2018, transcorrendo em média 100,2 ± 9,2 meses. A variável desfecho foi a incidência de fragilidade, a variável de exposição foi a função mastigatória conforme a condição de edentulismo e autorrelato de dificuldade mastigatória. As variáveis de ajuste foram condições sociodemográficas, comportamentais e de saúde geral. Foi utilizado um modelo de regressão de Poisson, com variância robusta, estimando o risco relativo Resultados a incidência acumulada de fragilidade aos oito anos em média foi de 30 casos a cada 100 participantes edêntulos com dificuldade mastigatória, que apresentaram maior risco de desenvolver fragilidade (RR:1,75 IC 95% 1,09-2,81) do que os idosos dentados sem dificuldade mastigatória, independentemente de tabagismo (RR: 1,71 IC 95% 1,07-2,73) e de condição socioeconômica (RR: 1,72 IC 95% 1,13-2,62). Conclusão A perda de função mastigatória aumentou o risco de fragilidade em idosos.Futuras pesquisas deverão estudar se a reabilitação da função mastigatória contribui para diminuir esse risco.

Keywords