Contexto & Educação (Sep 2012)
Quando criacionismo e evolucionismo tornam-se indistintos: lições a partir da crítica de David Hume às explicações da natureza em sua totalidade
Abstract
O artigo analisa o ambicioso projeto de Richard Dawkins em Deus, um delírio (2007) compreendendo-o como uma tentativa – talvez inédita – de confrontar as teses criacionistas no seu próprio domínio, qual seja, o domínio das questões metafísicas ou cosmológicas. Assim compreendido o embate entre criacionismo e evolucionismo, é possível levantar dúvidas sobre o alinhamento preferencial do filósofo David Hume (1711-1776) com os defensores do evolucionismo. Seria a crítica de Hume ao teísmo também uma peça em defesa do ateísmo à la Dawkins? Espera-se ao final deste artigo mostrar que as possíveis respostas a essa pergunta devem ser predominantemente negativas.