Revista Brasileira de Oftalmologia (Feb 2012)

Ptose palpebral: avaliação do posicionamento palpebral por imagens digitais

  • Taisa Bertocco Carregal,
  • Kryscia Leiko Natsuaki,
  • Gener Tadeu Pereira,
  • Silvana Artioli Schellini

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-72802012000100004
Journal volume & issue
Vol. 71, no. 1
pp. 18 – 22

Abstract

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OBJETIVO: Avaliar a posição palpebral de portadores de ptose congênita e adquirida, procurando identificar diferenças entre elas. MÉTODOS: Foi realizada avaliação retrospectiva de portadores de ptose palpebral atendidos no Ambulatório de Plástica Ocular da Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP, no período de 1995 a 2006, com dados recuperados de fichas de atendimento e de arquivo de imagens digitais. Foram avaliados dados de 87 pacientes, como idade, sexo e dados relativos à ptose. As ptoses foram separadas em dois grandes grupos: congênita e adquirida. Foram realizadas medidas digitais da distância margem-reflexo (DMR), distância margem-sulco palpebral superior (DMSC) e distância margem supercílio (DMSP). A unidade de medida considerada foi o diâmetro corneano de cada um dos indivíduos. Todos os dados foram transferidos para tabela Excel e receberam análise estatística. RESULTADOS: A análise mostrou que não existe associação entre a presença de ptose e sexo, assim como tipo de ptose e sexo. Houve diferença significativa entre pálpebras com ptose e sem ptose para DMR. A DMR não apresentou diferença significativa nas ptoses congênita ou adquirida. No que tange a DMSP e DMSC, a ptose adquirida possui valores superiores aos obtidos para portadores de ptose congênita. CONCLUSÃO: A avaliação do posicionamento palpebral confirmou que a DMR é menor nos portadores de ptose palpebral e que as ptoses congênitas e adquiridas possuem DMR semelhantes. A DMSC e a DMSP apresentam valores superiores em portadores de ptose adquirida.

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