UNINGÁ Review (Dec 2024)

Osteoartrose lombossacra em leoa (Panthera leo)

  • Eduardo Augusto Terra Rossi de Barros,
  • Paulo Fernandes Marcusso,
  • Giovanna Valverde Magalhães Barbosa,
  • Henrique Scomparin Guardia,
  • Sônia Rumiko Suzuki França,
  • Giovani Dal'Bó,
  • Michelle Falcade Forti,
  • Guilherme Guindolin Galassi,
  • Fábio Henrique Viaceli Conforti,
  • Daniela Pereira Bonini,
  • Renato Leite Leonardo,
  • Renata Paulino Xavier,
  • Luciana Facco de Andrade,
  • Everton dos Santos Cirino,
  • Jorge Aparecido Salomão Júnior

DOI
https://doi.org/10.46311/2178-2571.39.eURJ4691
Journal volume & issue
Vol. 39

Abstract

Read online

A osteoartrose é um distúrbio crônico, deteriorando a cartilagem articular e estruturas periarticulares, sendo uma grande causa de dor articular nos felinos senis. Gatos frequentemente desenvolvem artroses devido ao envelhecimento, obesidade e sedentarismo, fatores comuns em cativeiro. Assim, pode-se considerar que artroses em felinos selvagens são desencadeadas pelos mesmos fatores, considerando a fisiologia do gato doméstico (Felis catus) como similar aos demais membros da família Felidae. Este trabalho objetivou relatar um caso de osteoartrose lombossacra em uma leoa (Panthera leo). O animal de 20 anos de idade, do Parque Ecológico de Americana – SP, apresentava sinais de apatia e hiporexia, sendo encaminhado para o Hospital Veterinário da Faculdade de Americana (FAM), onde foram realizados exames de check-up. Não havia alterações em hemograma, enquanto no bioquímico foram observados leve hipoalbuminemia e grande aumento de amilase. Na ultrassonografia, rins apresentaram contornos sutilmente irregulares. Na endoscopia, havia hiperemia em vias respiratórias e nódulos polipoides em nasofaringe. Na laringe, foram observadas úlceras bilaterais em região subglótica e, em brônquios, malácia e fratura de anéis brônquicos. Na radiografia, foram vistos processos de mineralização das articulações esternocondrais e luxação xifoide. Na coluna vertebral, havia presença de entesófitos em vértebras, pontes anquilosantes, opacificação de forame intervertebral, perda de definição de facetas articulares, remodelamento de corpos vertebrais e estruturas puntiformes de radiopacidade mineral sobrepondo processos espinhosos. Conclui-se, portanto, que pela proximidade genética e evolutiva, deve-se atentar aos sinais de artrose em felinos selvagens, pois assim como ocorre em felinos domésticos, os fatores predisponentes comumente presentes em ambiente cativo, juntamente com a idade avançada, podem desencadear a osteoartrose.

Keywords