Polymatheia (Jul 2024)
A DIFERENÇA ENTRE CONSERVAÇÃO E DURAÇÃO NAS MEDITAÇÕES SOBRE FILOSOFIA PRIMEIRA DE DESCARTES
Abstract
O texto explora a noção de duração em Descartes, destacando sua relação com o eu pensante. Apesar da ênfase na racionalidade, a duração transcende a temporalidade matemática inicialmente proposta pelo filósofo. As Meditações refletem a noção moderna de tempo, enquanto a distinção entre duração e conservação desafia essa compreensão histórica. A abordagem hermenêutica e contemporânea revela a complexidade do tempo na obra. A duração, fundamental para entender a temporalidade descontínua e a conservação, não é um mero acidente, mas uma necessidade epistemológica. Assim, considerar a duração no cogito não seria um erro psicologizante, mas uma compreensão essencial da consciência temporal.