Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas (Dec 2019)

Belém e a Academia do Peixe Frito: fisiognomias em Bruno de Menezes e Dalcídio Jurandir

  • Carla Soares Pereira,
  • Katia de Souza da Silva,
  • Vanda do Socorro Furtado Amin,
  • Paulo Jorge Martins Nunes

DOI
https://doi.org/10.1590/1981.81222019000300017
Journal volume & issue
Vol. 14, no. 3
pp. 1025 – 1044

Abstract

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Resumo Esta pesquisa integra um projeto que investiga a biografia e a produção literária e jornalística da Academia do Peixe Frito (APF), um grupo de intelectuais que se reuniu em torno de ideais de renovação literária e valorização da periferia, para refletir sobre questões sociais na Amazônia paraense, a partir de 1920. Objetiva-se perscrutar as relações entre a APF e a fisiognomia de Belém, por meio da observação dos espaços onde o grupo costumava se reunir e da análise de textos literários de dois de seus representantes: Bruno de Menezes e Dalcídio Jurandir. A pesquisa bibliográfica é embasada na teoria de Walter Benjamin acerca da cidade, retomada por Bolle (2000) e Gagnebin (2014), e nos estudos sobre a APF realizados por Coelho (2003), Figueiredo (2001), Larêdo (2012), Nunes e Costa (2016), entre outros. Os escritos analisados configuram-se como produções nas quais a cidade é o lugar onde os escritores são observadores que redesenham a fisionomia dela por meio da confluência de imagens do cotidiano e do imaginário social. Assim, a escrita de Dalcídio e de Bruno tem força poética, constituindo-se em imagens em movimento e experiências sensoriais entremeadas, as quais representam fragmentos significativos de Belém e do amazônida.

Keywords