DST (Feb 2004)

Análise comparativa da reação em cadeia da polimerase e da captura do híbrido para detecção de infecções causadas por papilomavírus humanos

  • Maria Odete O. Carvalho,
  • Fernanda N. Carestiato,
  • Marisa O. Ribeiro,
  • Marcia Marinho,
  • Fabio M. Barbosa,
  • Licínio E. Silva,
  • Trude Dimetz,
  • Ledy H.S. Oliveira,
  • Silvia M.B. Cavalcanti

Journal volume & issue
Vol. 16, no. 1

Abstract

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Introdução: o câncer da cérvice uterina é apontado como a segunda causa de morte entre mulheres em todo o mundo. A partir do ano 2000, aOrganização Mundial de Saúde reconheceu os papilomavírus humanos (HPV) como agentes etiológicos do carcinoma cervical. Contudo, o diagnósti-co destas infecções ainda representa um desafio. Objetivo:avaliar o emprego de métodos moleculares a fim de comprovar a presença dos HPV notrato genital para utilização em combinação com a citopatologia, método utilizado para rastreamento das lesões causadas pelos HPV. Método: apesquisa foi realizada com material de pacientes atendidas no Laboratório Dr. Sérgio Franco, no ano de 2000. As amostras foram analisadas pelastécnicas de captura híbrida (HCA II) e de reação em cadeia da polimerase (PCR) com a utilização dos primersgenéricos MY 09/MY 11. A nossaamostra foi composta de 40 pacientes com idades entre 17 e 41 anos. A análise comparativa da HCA II e da PCR foi realizada com o objetivo dedeterminar a sensibilidade e a especificidade da HCA II. Resultados: o HPV foi detectado em 75% dessas amostras quando analisadas pela HCA IIenquanto pela PCR a detecção ocorreu em 70%. A citopatologia foi usada como método de referência para avaliar rastreamento das lesões. Os trêstestes demonstraram concordância absoluta quando a citopatologia apontou a amostra como normal, HPV e lesão de alto grau (HSIL). Casos discor-dantes ocorreram onde a citopatologia diagnosticou lesão de baixo grau (LSIL), onde a prevalência foi de 100% pela HCA II e de 85% pela PCR.Comparando as duas técnicas com os resultados da citopatologia, observamos que tanto a HCA II (p = 0) quanto a PCR (p = 0,002) demonstramassociação positiva. Conclusão:apesar das diferenças observadas, a HCA II apresentou sensibilidade e especificidade adequadas para uso clínico,em combinação com a citopatologia. Além disso, a avaliação da medida de carga viral obtida pela HCA II parece relacionar-se com a severidade dalesão e merece estudos adicionais a fim de relacioná-la com o risco de progressão ao câncer.

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