Trans/Form/Ação (Jun 2024)

O sentido como ser-com e tato em Jean-Luc Nancy

  • Spiga Deborah

DOI
https://doi.org/10.5072/0101-3173.2024.v47.n.pe02400172
Journal volume & issue
Vol. 47, no. 2

Abstract

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Neste artigo, pergunta-se sobre como o nosso mundo faz ou é sentido ainda hoje, sempre e novamente. Essa é a pergunta a que Nancy tenta responder ininterruptamente, ao longo de toda a sua pesquisa. A partir da falta de um fora ou de um Outro, como criador ou princípio abstrato com o qual nos relacionamos, veremos como o mundo não tem mais sentido, mas, enquanto existimos, ele é sentido. Nenhum sentido a ser doado ou espalhado, mas temos que mudar a gramática desse sentido que não se exprime mais com o verbo “ter”, mas sim com o verbo “ser”. “Mudar o sentido do sentido”, com a passagem do verbo “ter” ao verbo “ser”, implica não apenas uma nova relação com o mundo, mas uma nova concepção da práxis, na qual é o agente da operação que muda e não a obra. É necessário um pensamento do mundo que, dessa forma, se torne inseparável da sua práxis, porque, desde sempre, exposto e ex-crito no mundo.

Keywords