Pesquisa Veterinária Brasileira ()

Tramadol ou butorfanol: modelo analgésico pós osteossíntese experimental de úmero em galos ( Gallus gallus domesticus )

  • Felipe Comassetto,
  • Martielo I. Gehrcke,
  • Carina Freccia,
  • Bruna D. Regalin,
  • Ademar Luiz Dallabrida,
  • Marzia Antonelli,
  • Nilson Oleskovicz

DOI
https://doi.org/10.1590/s0100-736x2017000600018
Journal volume & issue
Vol. 37, no. 6
pp. 637 – 642

Abstract

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RESUMO: O tramadol é um fármaco opioide amplamente utilizado em medicina veterinária, porém seu uso e eficácia analgésica pós-cirúrgica não foi investigado em aves. Objetivou-se avaliar a eficácia do tramadol ou butorfanol em galos submetidos à ostessíntese de úmero. Foram utilizados 12 galos (Gallus gallus domesticus), os quais foram alocados aleatoriamente em dois grupos: grupo tramadol (GT) que recebeu como medicação pré anestésica (MPA) 5mg.Kg-1 de tramadol e o grupo butorfanol (GB) que recebeu como MPA 1mg.kg-1 de butorfanol, ambos pela via intramuscular. Em seguida a indução ocorreu com a administração do agente anestésico inalatório, isoflurano 3V% e a manutenção anestésica com o mesmo agente 1,3 V%. Avaliaram-se a pressão arterial sistólica (PAS), frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (f) e temperatura corporal (TC). As avaliações foram realizadas: antes da MPA (M0); 15 minutos após MPA (M1); após indução anestésica (M2) e em diferentes momentos cirúrgicos (M3, M4, M5 e M6). A analgesia pós-operatória foi avaliada através da escala adaptada de dor em aves por dois avaliadores cegos aos tratamentos nos momentos: basal, e 1, 2, 4, 6, 8, 10, 12 e 24 horas pós-operatórias; sendo o resgate analgésico realizado quando uma pontuação maior ou igual a seis pontos de um total de 24 fosse observada. Observou-se redução da FC, f e da TC entre os momentos M2 e M6 em relação ao momento basal em ambos os grupos, sendo que no GB períodos de apneia foram observados entre M2 e M6, e entre grupos valores maiores na f no GT foram observados no momento M5 em relação ao GB. Houve diminuição da PAS apenas no momento M3 em relação ao momento basal no grupo GT. No pós-operatório apenas um animal do GT necessitou resgate analgésico observando-se pontuação maior no GT entre M1 e M8 e no GB entre M1 e M12 em relação ao momento basal, e entre grupos apenas T12 foi maior em GB quando comparado ao GT. Através da utilização da escala de dor em pombos submetidos à osteossíntese em membro pélvico e adaptada para avaliação álgica em galos, conclui-se que o tramadol e o butorfanol podem ser utilizados como analgésicos eficientes para o controle de dor pós-operatória em galos.

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