Revista Uningá (Sep 2009)

Produção de biofilme e padrão de adesão a células e superfícies abióticas de amostras de Acinetobacter baumannii

  • ALINE ANTUNES,
  • LUIS FERNANDO PAULO,
  • MILENE DALILLA CAETANO,
  • THIAGO NAGEIA SCHULTZ,
  • ANA PAULA UBER

Journal volume & issue
Vol. 21, no. 1

Abstract

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Nos dias atuais as infecções hospitalares têm sido motivo de grandes preocupações, principalmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A espécie Acinetobacter baumannii é uma bactéria não fermentadora de glicose, comensal e que nas últimas décadas tem tido uma relevante importância como patógeno oportunista. O uso extensivo de terapia antimicrobiana nos hospitais tem contribuído para o aumento e seleção no número de isolados de A. baumannii resistentes a uma variedade de antimicrobianos. É conhecido como um patógeno capaz de aderir a superfícies formando o biofilme, o qual pode levar à permanência desse microrganismo por longos períodos, protegido da ação de anticorpos e antissépticos. Objetivos: avaliar a formação de biofilme e padrão de aderência em células da linhagem HEp-2, de cepas de A. baumannii isoladas no período de abril de 1994 a novembro de 1996 no Hospital Universitário de Londrina. Métodos: Foram estudadas um total de 26 amostras de A. baumannii, onde 20 (76,92%) isoladas de pacientes e 6 (24,08%) isoladas do ambiente hospitalar. A aderência bacteriana foi determinada pelo teste de aderência às células Hep-2 e por meio do cálculo da média e desvio-padrão. Para formação do biofilme em placas de poliestireno, nos diferentes tempos, a placa foi seca e fixado por 1 hora a 60oC, corado com cristal violeta a 0,4% e medida em aparelho de ELISA em DO de 570 nm. Resultados: Todas as amostras estudadas aderiram em maior ou menor intensidade em células HEp-2, já para a formação do biofilme em placas de poliestireno, 22 (84,61%) das amostras apresentaram-se como formadoras de biofilme.Conclusões: pode-se sugerir que cepas de A. baumanii, podem aderir tanto a superfícies abióticas quanto às células, podendo permanecer no ambiente hospitalar ou mesmo colonizando pacientes durante o período de internação originando assim, possíveis surtos infecciosos.