ReDiPE (Jun 2020)
Do Mãe Maria ao Assentamento Araras: territorialidade posseira no Araguaia e educação do campo
Abstract
O artigo objetiva refletir sobre a trajetória de constituição do Assentamento Araras, protagonizada por posseiros da Terra Indígena Mãe Maria; cujas narrativas revelam elementos fundantes da territorialidade posseira no Araguaia. Vislumbramos ainda problematizar o uso destas narrativas em processos de ensino-aprendizagem na escola da localidade, como prática de educação do campo. A pesquisa de cunho qualitativo e abordagem dialética se baseou em observações, entrevistas gravadas, pesquisa documental, dados da experiência com Projeto de Leitura e escrita na escola, realizadas nos tempos comunidades da Educação do Campo, envolvendo assentados, alunos e professores do assentamento. A produção de cartilha com a história da comunidade; o uso dessa narrativa nas aulas, contribuíram no desenvolvimento da leitura, interpretação e produção da escrita dos estudantes. Resultados iniciais que reafirmam a educação do campo como um caminho a ser seguido, por valorizar saberes locais, ressignificar a escola do campo e efetivamente, contribuir na territorialidade camponesa.