Este estudo propõe um ensaio pedagógico para o Ensino Religioso no Fundamental I, enfocando as pinturas corporais indígenas, especialmente o grafismo da etnia Potiguara, numa perspectiva decolonial. Ele busca atender às diretrizes da Proposta Curricular do Estado da Paraíba (2018), destacando a importância de explorar a cultura local. Discute a legislação pertinente, como a Lei 10.639/2003 e 11.645/2008, em relação ao Ensino Religioso, e aborda a subalternização dos saberes tradicionais como parte de um projeto colonial. O desenvolvimento metodológico é baseado em filtros básicos, qualitativos e exploratórios, com procedimento bibliográfico. O ensaio visa promover a compreensão do grafismo Potiguara como expressão linguística que transcende estereótipos, comunicando identidade e espiritualidade, e resistindo ao controle educacional colonial. Suas contribuições incluem ampliar e aprofundar o debate social necessário para diminuir violências simbólicas nas categorias não hegemônicas da cultura brasileira, especialmente a cosmovisão dos povos originários.