Cadernos de Saúde Pública (Feb 2008)

Avaliação da aplicação do protocolo de triagem pré-natal para toxoplasmose em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil: estudo transversal em puérperas de duas maternidades Evaluation of prenatal screening for toxoplasmosis in Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil: a cross-sectional study of postpartum women in two maternity hospitals

  • Ericka Viana Machado Carellos,
  • Gláucia Manzan Queiroz de Andrade,
  • Regina Amélia Lopes Pessoa de Aguiar

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-311X2008000200018
Journal volume & issue
Vol. 24, no. 2
pp. 391 – 401

Abstract

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Foi realizado estudo transversal, em duas maternidades públicas de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, com entrevista de 420 puérperas, de agosto de 2004 a maio de 2005, para avaliar a aplicação do protocolo de triagem pré-natal para toxoplasmose implantado, e as orientações oferecidas às gestantes suscetíveis. A cobertura do pré-natal foi de 98%, e da primeira triagem sorológica de 97%. O início do pré-natal e a realização da primeira sorologia ocorreram em média com 16 semanas. Foram identificadas 163 gestantes suscetíveis à toxoplasmose: 44% não repetiram a sorologia, e 42% alegaram não ter recebido orientações para prevenção da toxoplasmose. O início precoce do pré-natal e um maior número de consultas foram associados à repetição da sorologia e ao recebimento de orientações. As informações oferecidas foram: evitar contato com gatos (95%), não ingerir ou manipular carne crua (70%) e lavar cuidadosamente as hortaliças (53%). Concluiu-se que a adesão inadequada ao protocolo de triagem pré-natal de toxoplasmose encontrada no estudo pode gerar gastos financeiros sem melhoria na qualidade do cuidado perinatal.This cross-sectional study of 420 women in two public maternity hospitals from August 2004 to May 2005 evaluated the application of a prenatal toxoplasmosis serological screening protocol in Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil, and the information provided to susceptible pregnant women. Ninety-eight percent of women received prenatal care and 97% underwent the initial serological screening test, at an average of 16 weeks gestational age. The initial testing identified 163 women as susceptible to toxoplasmosis: 44% of these did not undergo repeat serological testing, and 42% of them did not remember having received information on the prevention of toxoplasmosis infection. Early prenatal care and a high number of prenatal visits were associated with repeat serological testing and orientation regarding its implications. Orientation on risk factors included: avoiding contact with cats (95%), not handling or eating raw meat (70%), and washing vegetables carefully before consumption (53%). Inadequate adherence to the prenatal screening protocol for toxoplasmosis, as detected in this study, may be generating health system costs without a corresponding improvement in the quality of perinatal care.

Keywords