Infarma: Pharmaceutical Sciences (Sep 2020)

Cuidado farmacêutico na hanseníase e sua importância para a Saúde Pública no Brasil

  • Maria Aparecida Nicoletti,
  • Thamy Miyoshi Takahashi

DOI
https://doi.org/10.14450/2318-9312.v32.e3.a2020.pp192-203
Journal volume & issue
Vol. 32, no. 3
pp. 192 – 203

Abstract

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A hanseníase acomete principalmente nervos superficiais da pele e troncos nervosos periféricos além de afetar olhos e órgãos internos que, se não tratada na forma inicial, quase sempre evolui, torna-se transmissível podendo atingir pessoas de qualquer sexo e idade. Segundo a Organização Mundial da Saúde, no Brasil, houve uma incidência de 26.875 casos de hanseníase em 2017, ou seja, 12,8% do total global, sendo o segundo país com o maior número de casos novos registrados. É evidente a necessidade de adoção de estratégias para o controle da doença no País e o combate às suas complicações, além da criação de campanhas de conscientização quanto aos principais sintomas e tratamentos disponíveis, e de programas para o enfrentamento da discriminação e inclusão social dos pacientes. Portanto, a educação em saúde e o cuidado farmacêutico nesse contexto são fundamentais e com esse objetivo foi realizada revisão bibliográfica narrativa, com pesquisas em bases de dados científicas, sites institucionais nacionais e internacionais, guias e diretrizes. A educação em saúde é considerada pela Organização Mundial da Saúde e pelo Ministério da Saúde como uma das ferramentas mais importantes para o combate à hanseníase. A partir da busca foi possível verificar correlação entre o nível de escolaridade, nível de informação sobre a doença, o diagnóstico precoce e a aderência ao tratamento. Embora as ações do farmacêutico sejam essenciais, saliente-se que todos os profissionais da saúde podem desenvolver atividades em nível multiprofissional visando à qualidade de vida do indivíduo com hanseníase além da mudança de estigma da enfermidade.

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