Brazilian Journal of Veterinary Medicine (Sep 2016)

Espinha bífida em um cão sem raça definida - Relato de caso.

  • Marthin Raboch Lempek,
  • João Bordelo,
  • Julio Cambraia Veado,
  • Maria Isabel Ribeiro Dias,
  • Maria Isabel Ribeiro Dias

Journal volume & issue
Vol. 38, no. 3
pp. 211 – 213

Abstract

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A espinha bífida é uma malformação óssea congênita com fechamento incompleto dos arcos vertebrais dorsais, podendo ocorrer em associação com a protrusão das meninges, medula espinhal e meninges devido ao defeito vertebral. Entre os possíveis fenômenos desencadeadores refere-se a hiperplasia das células do tubo dorsal que afetam a fusão do tubo neural e dos arcos vertebrais, simultaneamente a um defeito vascular limitante do fluxo sanguíneo na região dorsal da coluna vertebral. Esta enfermidade é descrita em animais de companhia, como em cães e gatos, da mesma forma que em animais do foro pecuário, como os bovinos. Relativamente aos animais de companhia, os cães braquicéfalos são os mais afetados em especial o Buldogue Inglês, entretanto em cães sem raça definida é pouco relatado na literatura. Desta maneira objetivo do presente relato é descrever a ocorrência de um caso de espinha bífida em um cão sem raça definida. Neste caso, a espinha bífida foi diagnosticada pelo exame clinico e radiológico. Observou-se que, além de espinha bífida nas vértebras lombo- -sacra e meningomielocele, houve outra alteração congênita, como fechamento incompleto de alguns corpos vertebrais sacrais. Concluindo-se que todo animal filhote que apresente incontinência urinária e incontinência fecal deve-se realizar a avaliação completa para a detecção de malformação óssea congenita como a espinha bífida independente de raça ou espécie.