Ciência Animal Brasileira (Jul 2017)

SOBREVIVÊNCIA DA Escherichia coli O157:H7 EM IOGURTE NATURAL E COM BAIXO TEOR DE LACTOSE DURANTE A FERMENTAÇÃO E O RESFRIAMENTO

  • Camila Sampaio Cutrim,
  • Raphael Ferreira de Barros,
  • Robson Maia Franco,
  • Marco Antonio Sloboda Cortez

DOI
https://doi.org/10.1590/cab18039554
Journal volume & issue
Vol. 18

Abstract

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Objetivou-se no presente estudo avaliar o comportamento da E. coli O157:H7 durante o processo de hidrólise da lactose e fermentação de iogurte tradicional e com teor reduzido de lactose. Além disso, objetivou-se verificar a viabilidade da E. coli O157:H7 e a viabilidade das bactérias ácido láticas após 12 h de estocagem a 4 °C ±1 °C. Dois diferentes tipos de iogurte com amostras controle e amostras inoculadas foram preparados, sendo dois com leite integral e dois com leite integral pré-hidrolisado; em ambos os grupos um foi inoculado com E. coli O157:H7 e um não foi inoculado. A sobrevivência da E. coli e o pH dos iogurtes foram determinados durante a fermentação e após 12h de refrigeração. A partir dos resultados observou-se que a E. coli O157:H7 foi capaz de se multiplicar ou manter-se viável durante a fermentação (4,34 UFC.mL-1 para 6,13 UFC.mL-1 no iogurte tradicional e 4,34 UFC.mL-1 para 6,16 log UFC.mL-1em iogurte com lactose reduzida). Nas amostras inoculadas com E. coli O157:H7 houve formação de gás e sinérese. Dessa forma, concluiu-se que a E. coli O157:H7 foi capaz de sobreviver e de se multiplicar durante a fermentação afetando a tecnologia de fabricação. Além disso, a contaminação do leite antes da adição das BAL reduziu o crescimento de L. bulgaricus e S. Thermophilus, especialmente quando associado à redução da lactose. Palavras-chave: ?-galactosidase; bactérias ácido láticas; EHEC; hidrólise da lactose; leite fermentado.

Keywords