Terrae Didatica (Jan 2018)

Sistemas cristalinos: nomenclatura e convenções

  • Daniel Atencio,
  • Andrezza de Almeida Azzi

DOI
https://doi.org/10.20396/td.v13i3.8651222
Journal volume & issue
Vol. 13, no. 3
pp. 279 – 285

Abstract

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Os livros de introdução à cristalografia apresentam os sistemas cristalinos de acordo com o conjunto de elementos de simetria e as orientações axiais dos cristais. Entretanto, o que é fundamental para a definição do sistema cristalino é apenas o conjunto dos elementos de simetria e não as orientações axiais. Alguns dos sistemas cristalinos possuem seus nomes relacionados aos elementos de simetria, como é o caso dos sistemas trigonal, tetragonal e hexagonal. Os outros sistemas cristalinos, no entanto, têm seus nomes relacionados à orientação axial: cúbico ou isométrico, ortorrômbico, monoclínico e triclínico. Parece lógico pensar que os cristais do sistema triclínico são aqueles que possuem todos os ângulos diferentes de 90° e que os cristais do sistema monoclínico possuem dois ângulos iguais a 90° e apenas um ângulo diferente de 90°, o que não é sempre o que ocorre. Cristais “diclínicos”, com dois ângulos diferentes de 90° e um ângulo igual a 90° também existem! Mas são agrupados no sistema triclínico, pois apresentam grupos pontuais equivalentes. As convenções de nomenclatura dos sistemas cristalinos poderiam ser mais lógicas. Uma opção seria utilizar para todos os sistemas cristalinos a nomenclatura referente aos elementos de simetria. Como resultado o sistema cúbico seria denominado sistema tetra-trigonal, o sistema ortorrômbico seria sistema tri-digonal, o sistema monoclínico passaria a ser denominado sistema digonal, e o sistema triclínico seria chamado sistema monogonal. Ao contrário dos nomes que são utilizados oficialmente, esses quatro nomes sugeridos são mais lógicos e tecnicamente corretos.

Keywords