Revista Panamericana de Salud Pública (Jun 2022)

Correlatos de atividade física e comportamento sedentário em crianças pré-escolares sul-americanas: revisão de escopo

  • Rildo de Souza Wanderley Júnior,
  • Daniel da Rocha Queiroz,
  • Paulo Henrique Guerra,
  • Clarice Lucena Martins,
  • Carla Menêses Hardman,
  • Daniel Umpierre,
  • Larissa Rosa da Silva,
  • Anastácio Neco de Souza Filho,
  • Fabiana Vieira Santos Azevedo Cavalcante,
  • Paula Fabricio Sandreschi,
  • Mauro Virgílio Gomes de Barros

DOI
https://doi.org/10.26633/RPSP.2022.64
Journal volume & issue
Vol. 46, no. 64
pp. 1 – 10

Abstract

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Objetivo. Sintetizar os achados sobre correlatos da atividade física (AF) e do comportamento sedentário (CS) em crianças sul-americanas. Método. Realizou-se uma busca dos artigos no período de 24 de junho até 27 de outubro de 2020, nas bases de dados LILACS, PubMed, SciELO, Scopus e Web of Science. Para ampliar a busca, foram examinadas as referências dos artigos de revisão identificados e realizada uma consulta a um painel de especialistas. Foram incluídos estudos com delineamentos observacional e de intervenção com foco em crianças sul-americanas de zero a 5 anos de idade. Resultados. Dos 3 111 artigos inicialmente identificados, 18 foram elegíveis: 14 com delineamento observacional, 12 realizados no Brasil e 17 conduzidos com pré-escolares (3 a 5 anos de idade). Além do Brasil, os únicos países representados foram o Chile e o Equador. A AF e o CS foram medidos por acelerômetros em sete estudos, porém houve alta variabilidade nos instrumentos e pontos de corte usados. Embora as crianças tenham sido consideradas fisicamente ativas em 12 estudos, seis estudos mostraram que elas despendiam muito tempo em CS. Os domínios de influência mais avaliados foram o individual (14 estudos) e o interpessoal (11 estudos), seguidos pelo ambiental (oito estudos) e o político (um estudo). As intervenções no contexto escolar (quatro estudos) aumentaram os níveis de AF e diminuíram o tempo em CS. Entretanto, as evidências dos estudos transversais e de intervenção apresentaram alto risco de viés. Conclusão. Diante das lacunas identificadas, recomendam-se estudos com delineamentos robustos que incluam mais países sul-americanos, com foco em bebês e crianças com menos de 3 anos de idade e que investiguem correlatos dos domínios ambiental e político.

Keywords