Acta Médica Portuguesa (Apr 2022)

Profilaxia Pré-Exposição para o Vírus da Imunodeficiência Humana no Currículo Médico em Portugal: Uma Análise Transversal

  • Francisco Duarte,
  • Nuno Rua,
  • David Gomes,
  • Vasco Ricoca Peixoto,
  • Daniela Azevedo,
  • Duarte Graça,
  • Inês Teixeira,
  • Inês Fernandes,
  • João Frutuoso,
  • Margarida Carvalho,
  • Maria Redondo,
  • Alexandre Silva,
  • Ana Faria,
  • Ana Lopes,
  • Filipe Varino,
  • Joana Gomes,
  • Marco Tomaz,
  • Vasco Figueiredo,
  • Ana Almeida,
  • Bruno Ribeiro,
  • Catarina Oliveira,
  • Diogo Pinto,
  • Matilde Santana,
  • Rita Araújo,
  • Sara Ribeiro

DOI
https://doi.org/10.20344/amp.15446
Journal volume & issue
Vol. 35, no. 4

Abstract

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Introdução: A profilaxia pré-exposição (PrEP) ganhou relevância como método de prevenção do VIH em determinados indivíduos e contextos. Após a entrada em vigor das normas para prescrição em Portugal, pretendemos aferir o conhecimento em relação à PrEP entre os estudantes de Medicina em Portugal. Material e Métodos: Foi enviado um questionário online aos estudantes de Medicina das escolas médicas portuguesas. Foi feita uma análise descritiva dos resultados e um estudo transversal analítico para identificar fatores associados a “conhecer a PrEP”, “ter tido uma aula de PrEP”, e “identificar grupos elegíveis corretamente”. Resultados: Dos 796 estudantes que responderam, 64,6% sabiam o que era a PrEP. Destes, 34,44% obteve conhecimento sobre a mesma durante a sua formação. Entre os respondentes, 4,77% identificaram correta e completamente os grupos elegíveis. Com o avançar do ano letivo, a probabilidade de conhecer a PrEP, ter tido uma aula de PrEP e identificar os grupos corretamente aumentava. No sexto ano, 43,48% tinham tido uma aula sobre PrEP e entre os que conheciam a PrEP, 28% identificaram os grupos elegíveis. Existem diferenças entre as escolas médicas após ajustamento para o ano letivo em relação aos resultados obtidos. A forma como se tomou conhecimento da PrEP não alterou de forma estatisticamente significativa a capacidade de identificar corretamente grupos elegíveis Conclusão: As diferenças entre as escolas médicas poderão ser harmonizadas. Esta temática poderá ser reforçada nos respetivos currículos.

Keywords