Revista Agrogeoambiental (Aug 2012)
Resistência à penetração do solo de uma encosta: efeitos de espaçamento de plantio e idade da gramínea Vetiver
Abstract
A gramínea Vetiver vem sendo estudada para auxiliar na estabilização e recuperação das encostas. A técnica de plantio da gramínea é simples, utiliza tecnologia de baixo custo, e apresenta eficiência ideal em países como o Brasil caso sejam tomados cuidados tão elementares como a definição correta do espaçamento de plantio. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes espaçamentos e de diferentes idades da gramínea Vetiver na resistência à penetração do solo, devido à importância deste parâmetro em relação à infiltração, escoamento superficial e a estabilidade das encostas. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com dez tratamentos (espaçamentos) e três blocos dispostos em uma encosta experimental com declividade média de 30° e rampa de 6 m. As parcelas têm área útil de 1,5 m de largura e 6 m de comprimento. As mudas foram plantadas em março de 2010 nos espaçamentos (em metros): 0,15x1; 0,30x1,0; 0,45x1,0; 0,15x1,5; 0,30x1,5; 0,45x1,5; 0,15x2,0; 0,30x2,0; 0,45x2,0 e 0x0 (testemunha/sem plantas/solo nu). Foi avaliada a resistência à penetração do solo em três períodos (12, 17 e 24 meses) após o plantio do Vetiver. Os diferentes espaçamentos de plantio da gramínea Vetiver exercem influência na resistência à penetração do solo após 17 e 24 meses do plantio. O tempo de permanência (idade) da gramínea Vetiver na área a ser estabilizada influencia positivamente na redução da média da resistência à penetração do solo e da resistência à penetração do solo em diferentes profundidades. O espaçamento da gramínea Vetiver de 1,5m x 0,45m mostrou-se o mais recomendado para reduzir a resistência à penetração do solo por utilizar o menor número de mudas. Palavras-chave: Talude. Estabilização. Chrysopogon zizanioides (L.) Roberty. Tecnologia simples.