Kriterion (Aug 2016)
PROGRESSO E DEPRAVAÇÃO: A CULTURA COMO REMÉDIO
Abstract
RESUMO O pensamento iluminista defendia que a ciência e as artes proporcionaram o desenvolvimento da razão e a melhoria dos costumes. A posição contrária, tomada pelo filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), rendeu-lhe o prêmio da Academia de Dijon e o fez, depois da publicação de outras obras, um defensor da natureza e do homem natural. Diante da depravação dos costumes, o autor promove a própria cultura como remédio, haja vista que não se pode voltar ao estado de natureza. O conjunto de sua obra pode, dessa forma, ser considerado como uma tentativa audaciosa de Rousseau em utilizar-se das belas letras (o "Emílio" é um belo exemplo da arte literária do século XVIII) como um remédio contra os males da civilização, principalmente o afastamento do homem para com a natureza.
Keywords